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Valeu a luta!

Ato público comemora retomada do Caps Novo Mundo por trabalhadores e usuários da saúde mental e mantém alerta luta contra privatização da RAPS e contra o retorno dos manicômios, em Goiânia.

 

A pressão social foi fundamental para que a prefeitura de Goiânia voltasse atrás na decisão de alocar cerca de 80 trabalhadores do Distrito de Saúde Leste no Centro de Atenção Psicossocial – Caps Novo Mundo. A mudança havia sido feita desrespeitosamente, sem planejamento e sem qualquer diálogo com trabalhadores e usuários dos serviços, com o Conselho Local de Saúde, Sindsaúde-GO, Sintfesp-GO/TO ou com o Fórum Goiano de Saúde Mental.

Como reação, trabalhadoras/es e usuárias/os movimentos sociais, autoridades, líderes sindicais e outras pessoas compromissadas com a causa, Conselho Local de Saúde, Sindsaúde, Sintfesp e Fórum Goiano de Saúde Mental, convocaram para a manhã desta terça-feira, 6/2, um café da manhã com a imprensa e ato público em defesa do CAPS Novo Mundo e contra a transferência, pela absoluta falta de condições e de logística para tal.

Sabendo do movimento de luta social, a prefeitura recuou e ontem mesmo transferiu o pessoal do Distrito Leste para uma outra unidade, no Conjunto Riviera. “Era inaceitável essa invasão porque desrespeitava os trabalhadores e usuários do CAPS, espaço fundamental para a forma de cuidado realizada na unidade, em que cada usuário é ouvido na construção do seu projeto terapêutico e precisa ser ouvido também na forma de organizar o serviço”, enfatizou a psicóloga e diretora de organização e política sindical do SINTFESP-GO/TO, Heloiza Massanaro, que participou e foi uma das articuladoras da manifestação.

SUCATEAMENTO DA RAPS GOIÂNIA

Durante o ato foi discutida a situação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que, em Goiânia “está abandonada, sucateada e sob risco de ser privatizada”, denuncia a psicóloga e diretora de organização e política sindical do SINTFESP-GO/TO, Heloiza Massanaro.

Massanaro manifestou preocupação ainda com a nomeação do psiquiatra Tiago Batista de Oliveira como novo gerente de saúde mental da Secretaria de Saúde de Goiânia, com quem inclusive o coletivo reuniu-se também na manhã desta terça-feira. “Ele é totalmente contra a reforma psiquiátrica, contra a RAPS e defende o retorno dos manicômios”, denuncia.

MANIFESTO

Como encaminhamento do ato, ficou definida para o dia 23/2, às 9h, em local ainda a ser definido, uma reunião do Fórum Goiano de Saúde Mental. Também será elaborado e tornado público um manifesto, a ser encaminhado ao Ministério Público, Defensoria Pública, Secretaria Municipal de Saúde, Conselhos Municipal e Locais de Saúde, denunciando as péssimas condições de funcionamento da RAPS e “a tentativa do prefeito Rogério Cruz de desmantelar ainda mais a Rede, com a nomeação de um gerente de saúde mental que é radicalmente contra a reforma psiquiátrica, contra a RAPS!”, conclui Massanaro.

Participaram ainda da manifestação, representantes da Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental (AUSSM-GO), do Coletivo Desencuca, do mandato do deputado estadual Mauro Rubem (PT), professores da PUC e UFG, e a vereadora Kátia Maria (PT).

RAPS E CAPS

A RAPS é a rede que estabelece os pontos de atenção para o atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras drogas. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) fazem parte da RAPS e são destinados ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial.

 

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06/02/2024

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