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Nota de repúdio: Não há espaço para o autoritarismo de Bolsonaro
Com a chegada das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem, cada vez mais, proferido ataques em tom golpista ao sistema eleitoral brasileiro e às instituições do estado democrático de direito. Durante convenção nacional do partido, que o oficializou como candidato à reeleição, o atual chefe do Executivo atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), chamando seus apoiadores e apoiadoras para um grande ato no dia 7 de setembro.
Bolsonaro insiste em dizer que as urnas eletrônicas, as mesmas que o elegeram por vários mandatos, não são confiáveis e podem ser fraudadas. Dessa forma, ele consegue inflar sua base eleitoral a não aceitar uma provável derrota nas urnas em outubro, já que ele aparece em segundo lugar em todas as pesquisas recentes.
Na última semana, o presidente proferiu, em reunião com embaixadores e embaixadoras de todo o mundo, diversos ataques ao sistema eleitoral, inclusive afirmando que o TSE "não se adequa ao sistema democrático". Bolsonaro segue colocando o Brasil em situações vexaminosas e cometendo crimes contra a Constituição Federal.
Não é possível que o chefe do Executivo tenha liberdade para atacar o estado democrático de direito sem qualquer repressão por parte das instituições democráticas. Nós do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência de Goiás e Tocantins (Sintfesp-Go/To) repudiamos veementemente o prenúncio de golpe por parte de Bolsonaro e cobramos providências contra ele, que já conta com mais de 140 pedidos de impeachment pelos mais diversos crimes, todos eles engavetados pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um dos grandes aliados do presidente.
Precisamos agir para que não voltemos para àquela época em que éramos calados por meio da repressão. Não há espaço para autoritarismo na nossa democracia. Devemos estar atentos e atentas há qualquer sinal de golpe contra nosso país e lutar para eleger representantes que defendam os direitos e interesses da classe trabalhadora mas, acima de tudo, a democracia e a soberania nacional.
