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Trabalhadoras aposentadas do Ministério da Saúde e do INSS desejam criar projeto de economia solidária

Objetivo, incentivado pelo Sintfesp-Go/To, é construir coletivamente uma alternativa de renda aliada aos princípios do bem-viver e do comércio justo e solidário

 

Pelo menos dezoito mulheres trabalhadoras aposentadas do Ministério da Saúde e do INSS, filiadas ao Sintfesp-Go/To, estão decididas a construir coletivamente uma alternativa de renda aliada aos princípios do bem-viver e do comércio justo e solidário. A proposta foi considerada essa semana, durante encontro promovido pela Diretoria de Políticas Sociais, Mulher, Raça, Etnia e Saúde do Trabalhador, com o apoio da Diretoria de Aposentados do sindicato. Outras quinze mulheres também demonstraram interesse, mas não puderam comparecer. O sindicato ficou de organizar um outro momento, para integrá-las à iniciativa.

Essa primeira oficina de economia solidária, realizada na segunda-feira, 30/5, na verdade foi uma prazerosa roda de conversa envolvendo essas dezoito mulheres e a professora Ebe Maria de Lima Siqueira que nos apresentou o projeto Mulheres Coralinas, da Cidade de Goiás. Conhecer um projeto coletivo inspiracional como esse é parte do processo de sensibilização para que o grupo do Sintfesp-Go/To possa tomar decisões sobre qual empreendimento levarão adiante.

O próximo passo será a realização de uma segunda oficina de capacitação sobre economia solidária e também para saber de cada mulher, com maiores detalhes, quais são as atividades já desempenhadas ou, no caso de quem não desenvolve nenhuma atualmente, definir que área é de maior interesse e afinidade desse coletivo, informa Terezinha Aguiar, diretora do Sintfesp.

Para facilitar a comunicação, foi criado um grupo no aplicativo de mensagens WhatsApp, por meio do qual as informações e troca de opiniões e ideias já vinham ocorrendo mesmo antes da reunião da segunda-feira, 30/5 e tende a se ampliar.

Da direção do sindicato, participaram da reunião as diretoras Terezinha Aguiar, Waldina Millioli, Zélia de Souza, Wilma Alves de Almeida e Heloiza Massanaro.
 

Mulheres Coralinas
 

A Associação Mulheres Coralinas – ASCORALINAS é uma Associação de mulheres que nasceu de um projeto de política pública da Prefeitura Municipal de Goiás. Com recursos de emenda parlamentar da ex-Deputada Federal Marina Sant’Anna, o projeto -- desenvolvido em parceria com o Secretaria de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos -- capacitou um coletivo de 150 mulheres durante os anos de 2013 a 2015. Ao término do projeto, o coletivo de mulheres, que foram capacitadas nos chamados Saberes das Mãos (artesanato em bordado, confecção de bonecas, cerâmica, fibras naturais do cerrado, encadernação e gastronomia), constituiu-se como associação formal, em 2016.

A partir dessa construção, o coletivo das Coralinas passou a atuar na formação de mulheres em temas específicos da identidade cultural local, na formação para a cidadania e para a autonomia intelectual e financeira de mulheres em situação de vulnerabilidade e violência doméstica. O coletivo tem atuado intensamente com rodas de conversa, produção de conteúdo em temas pertinentes ao universo feminino tais como: identidade de gênero, sexualidade, raça, classe, diversidade e demais interseccionalidades.

A Associação Mulheres Coralinas – ASCORALINAS, atualmente, além da Prefeitura da Cidade de Goiás, mantém parcerias com outras instituições, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério Público do Trabalho (MPT). Para comercializar os seus produtos conta com uma sala no Mercado Municipal, no centro histórico da Cidade de Goiás. Resultado da legitimidade construiu, conquistou também a sua sede própria, inaugurada em dezembro do ano passado. A área foi cedida pela jornalista Arcelina Helena e a casa construída com recursos do MPT.
 

Cora Coralina

Durante a oficina com as mulheres trabalhadoras aposentadas do INSS e Ministério da Saúde, da base do Sintfesp-Go/To, a Secretária Executiva da Associação Mulheres Coralinas, professora Ebe Maria, contou parte da história da poetisa Cora Coralina, pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985).

Ebe destaca que desde a sua adolescência Cora começa a querer escrever. Com 14 anos já publica em jornais da Cidade de Goiás. À frente de seu tempo, é rejeitada pela sociedade patriarcal e conservadora. Vive um tempo em São Paulo e em Minas Gerais, mas volta para a sua cidade.
Doceira e escritora, só consegue publicar o seu primeiro livro aos 76 anos de idade: Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais.

Atualmente, Cora Coralina é reconhecida como uma das maiores poetizas do País, cuja obra é estudada na Alemanha, na França, na Itália. “É uma história de resiliência, de alguém que escolheu escrever o seu próprio destino. Essa mulher a gente não pode deixar a história dela debaixo de um tapete, pois serve pra gente de inspiração”, enfatiza Ebe Maria.

 

*com informações da Associação Mulheres Coralinas e Wikipédia.

 

Sintfesp-Go/To
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Cláudio Marques – DRT 1534


03/06/2022

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