Notícias

Em meio à pandemia, orçamento 2021 é aprovado com mais cortes em áreas sociais

Orçamento do governo Bolsonaro, aprovado por seus asseclas no Congresso Nacional, retira dinheiro da educação, da saúde, da assistência social, do meio ambiente, do programa de apoio à agricultura familiar, do seguro-desemprego, do abono salarial e de benefícios previdenciários. Peça prevê recursos para aumento salarial de militares e mantém congelados salários de servidores civis.

Com três meses de atraso, sob críticas e com o voto contrário dos partidos de oposição, como o PT, PCdoB e PSOL, e a pressão de movimentos sociais, o Congresso Nacional aprovou, na noite desta quinta-feira (25), o Orçamento Geral da União para este ano. A proposta orçamentária aprovada retira mais dinheiro da educação, da saúde, da assistência social, do meio ambiente, do programa de apoio à agricultura familiar, do seguro-desemprego, do abono salarial e de benefícios previdenciários.

Na prática, o orçamento – de iniciativa do governo Bolsonaro e apoiado por seus aliados no Congresso – amplia o ataque ao Estado brasileiro neste momento crucial que requer o enfrentamento da crise sanitária provocada pela pandemia do Coronavírus. A peça orçamentária prevê reajuste salarial somente para militares. Para servidores civis, ZERO! Só para o Ministério da Defesa, serão R$ 8,32 bilhões em recursos.

O texto prevê desvio de R$ 26,5 bilhões — da Previdência, do abono salarial e do seguro-desemprego, entre outros — para emendas parlamentares destinadas a obras, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Infraestrutura. Desse total, R$ 13,6 bilhões sairão da Previdência; outros R$ 7,4 bilhões, do abono salarial — cujos pagamentos só serão realizados em 2022 — e R$ 2,6 bilhões, do seguro-desemprego.

Os cortes em áreas sociais poderiam ter sido ainda maiores se não fosse a obstrução promovida pela oposição, que possibilitou um acordo com parlamentares governistas, garantindo cortes menores em algumas áreas fundamentais, como a educação e a saúde. O acordo foi proposto pelo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que admitiu a possibilidade de ajustar o orçamento ao longo do ano por causa da pandemia.

 

Cenário Brasil sob Bolsonaro:

Faltam vacinas contra a Covid-19
Faltam UTIs
Falta oxigênio
Mais de 300 mil brasileiros mortos de Covid-19
14 milhões de pessoas desempregadas
40 milhões de pessoas na economia informal
Salário-mínimo: R$ 1.100 (reajuste abaixo da inflação!)
Cesta básica: 58% do salário mínimo
Carne bovina: 29,5% mais cara em 1 ano
1 botijão de gás: R$ 100
Óleo de soja: 103% mais caro
Batata: 67% mais cara
Tomate: 53% mais caro
Gasolina: 6 aumentos este ano, chegando a R$ 5,30/litro
Auxílio emergencial:  média de R$ 250/mês
Reajuste dos militares

 

SINTFESP-GO/TO

Assessoria de Comunicação

Cláudio Marques – DRT 153


26/03/2021

Boletim Eletrônico, cadastre-se:

 

Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência

Travessa César Baiocchi Sobrinho, Quadra F-19, Lote 10, Setor Sul

CEP 74080-130 - Goiânia - Goiás

(62) 3224-8232 | sintfesp@sintfesp.org.br