Orçamento do governo Bolsonaro, aprovado por seus asseclas no Congresso Nacional, retira dinheiro da educação, da saúde, da assistência social, do meio ambiente, do programa de apoio à agricultura familiar, do seguro-desemprego, do abono salarial e de benefícios previdenciários. Peça prevê recursos para aumento salarial de militares e mantém congelados salários de servidores civis.
Com três meses de atraso, sob críticas e com o voto contrário dos partidos de oposição, como o PT, PCdoB e PSOL, e a pressão de movimentos sociais, o Congresso Nacional aprovou, na noite desta quinta-feira (25), o Orçamento Geral da União para este ano. A proposta orçamentária aprovada retira mais dinheiro da educação, da saúde, da assistência social, do meio ambiente, do programa de apoio à agricultura familiar, do seguro-desemprego, do abono salarial e de benefícios previdenciários.
Na prática, o orçamento – de iniciativa do governo Bolsonaro e apoiado por seus aliados no Congresso – amplia o ataque ao Estado brasileiro neste momento crucial que requer o enfrentamento da crise sanitária provocada pela pandemia do Coronavírus. A peça orçamentária prevê reajuste salarial somente para militares. Para servidores civis, ZERO! Só para o Ministério da Defesa, serão R$ 8,32 bilhões em recursos.
O texto prevê desvio de R$ 26,5 bilhões — da Previdência, do abono salarial e do seguro-desemprego, entre outros — para emendas parlamentares destinadas a obras, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Infraestrutura. Desse total, R$ 13,6 bilhões sairão da Previdência; outros R$ 7,4 bilhões, do abono salarial — cujos pagamentos só serão realizados em 2022 — e R$ 2,6 bilhões, do seguro-desemprego.
Os cortes em áreas sociais poderiam ter sido ainda maiores se não fosse a obstrução promovida pela oposição, que possibilitou um acordo com parlamentares governistas, garantindo cortes menores em algumas áreas fundamentais, como a educação e a saúde. O acordo foi proposto pelo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que admitiu a possibilidade de ajustar o orçamento ao longo do ano por causa da pandemia.
Cenário Brasil sob Bolsonaro:
Faltam vacinas contra a Covid-19
Faltam UTIs
Falta oxigênio
Mais de 300 mil brasileiros mortos de Covid-19
14 milhões de pessoas desempregadas
40 milhões de pessoas na economia informal
Salário-mínimo: R$ 1.100 (reajuste abaixo da inflação!)
Cesta básica: 58% do salário mínimo
Carne bovina: 29,5% mais cara em 1 ano
1 botijão de gás: R$ 100
Óleo de soja: 103% mais caro
Batata: 67% mais cara
Tomate: 53% mais caro
Gasolina: 6 aumentos este ano, chegando a R$ 5,30/litro
Auxílio emergencial: média de R$ 250/mês
Reajuste dos militares
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Cláudio Marques – DRT 153
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