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Um fio de esperança pela permanência de servidores do Ministério da Saúde no HUGO, onde trabalham há mais de 20 anos

Servidores do Ministério da Saúde lotados no Hospital de Urgências de Goiânia – HUGO, com o apoio da direção do Sintfesp-Go/To, tiveram hoje à tarde nova audiência com a Gerente de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas da Secretaria Estadual de Saúde – SES-GO, Kátia Martins Soares.

A audiência desta vez contou com expressiva participação destes trabalhadores que estão sob a ameaça de serem removidos do HUGO, por decisão unilateral da Secretaria. O objetivo da reunião foi o de sensibilizar a gerente para uma negociação que considere manter estes profissionais do MS no HUGO, unidade onde a maioria trabalha já há mais de 20 anos, sendo que quase 100% deles já têm tempo para aposentar-se. Portaria da SES-GO, publicada em novembro, estabelece a remoção de 277 servidores de carreira, sendo que destes 33 são do Ministério da Saúde e os demais do Estado de Goiás.

Vários servidores fizeram questão de contar como tem sido o seu compromisso profissional nestas décadas trabalhando no HUGO. E também de enfatizar a sua contrariedade com a possível transferência. “Não queremos ser usados para resolver problema de OS (organizações sociais, que terceirizam serviços públicos). Isso vai gerar contrariedade na gente, e trabalhar magoado é a pior coisa do mundo”, afirma o médico socorrista José Adalberto.

A também servidora Cleonice Maria questionou: “Por quê, nós?”. “Isso dói”, completou. “Estamos sendo tratados igual a cachorro, enquanto vemos as OS (ela as chama de “Organizações Satânicas”) fazendo roubalheira. É o dinheiro da população indo para o ralo”, expressou Maria Cleusa.

Diretor do Sintfesp, Mauro Mota avalia que o que está por trás destas remoções todas de servidores altamente qualificados – tanto do estado quanto federais – é o interesse privado da Organização Social que venceu o edital de licitação para gerenciar o hospital, e o interesse político de quem representa a empresa. “OS que, aliás, ganha em cima do salário aviltado que paga aos trabalhadores terceirizados que prestarão os serviços no HUGO”, enfatiza.

Também diretoras do sindicato, Wilma Alves e Terezinha Aguiar, apelaram para a sensibilidade mas também para a racionalidade da Secretaria de Saúde, que poderá ter ainda por algum tempo essa mão de obra qualificada de 30 servidores altamente experientes, se os mantiver no HUGO. E que poderá perdê-la se insistir em transferí-los de unidade, uma vez que – neste caso – optarão por aposentar-se ou pedir a sua devolução para o Ministério da Saúde.

Após ouvir atentamente o depoimento de cada funcionário e também as razões da diretoria do Sintfesp, a gerente Kátia Martins se comprometeu em dialogar com o Secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, no sentido de que ele compreenda que ganha a SES-GO e ganham os servidores com a permanência deles no HUGO. E que perde o Estado e perdem os servidores se houver a insistência em medida ineficaz e irracional no ponto de vista de gestão, já que se houver a remoção, o Estado de Goiás, na prática, perderá essa capacitada força de trabalho. “Perde principalmente a população, desassistida de tão relevante trabalho, ainda mais numa área tão sensível como a de saúde”, destaca o sindicato.

Pelo acordado, a gerente falará como Secretário de Saúde a, formalmente, responderá a solicitação feita na última quarta-feira pelo Sintfesp, em nome da categoria, para que servidores que desejam, possam permanecer trabalhando no HUGO. Jesulina Regis e Dimas Macário, diretores do sindicato, também participaram da audiência de hoje.

 

Sintfesp-Go/To

Assessoria de Comunicação

Cláudio Marques - DRT 1534


06/12/2019

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