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Tendência é a conjuntura piorar, alerta economista do Dieese. Caminho é lutar!!!

Mas há saída, segundo a supervisora técnica do Diesse, economista Leila Brito: “É preciso que o País retome o impulso ao mercado interno, como ocorreu nos 12 anos dos governos anteriores ao Temer, para economia voltar a crescer e o País voltar a se desenvolver”, ressalta em entrevista à Rádio do Trabalhador. Isso aliado a muita luta, afirmam os diretores do Sintfesp, Mauro Mota, e do Sintect, Eziraldo Vieira, que também participaram do programa Antena Ligada.


“A previsão é de agravamento da conjuntura no Brasil. Os últimos dados do Banco Central mostram uma queda do PIB (Produto Interno Bruto, a soma em valores monetários de todos os bens e serviços finais produzidos) de 3,8% só no mês de maio. Isso após mais um crescimento pífio em 2017, de apenas 1%. É como se estivéssemos no fundo do poço e patinando”. A realista avaliação técnica é da supervisora do Dieese em Goiás, economista Leila Brito, que na manhã de hoje dividiu bancada com o diretor do Sintfesp (saúde e previdência), Mauro Mota e o diretor do Sintect (correios), Eziraldo Vieira, no programa Antena Ligada da Rádio do Trabalhador.

Segundo Leila Brito a situação em 2017 mostrava que os investimentos estavam ainda em retração. “Com o governo Michel temer esse quadro só tende a se agravar”. Um dos fatores determinantes para essa política econômica desastrosa, ressalta, é o governo desenvolver uma política de preços que faz com que brasileiros paguem combustíveis baseados na cotação internacional, que foi o que acarretou a greve dos caminhoneiros gerando mais consequências prejudiciais à economia. “O País está exportando petróleo cru mais barato e importando derivados mais caros, enquanto temos no Brasil refinarias ociosas, com capacidade de beneficiar o petróleo aqui mesmo em nosso País”.
A economista conclui afirmando que no Brasil, sob Temer e aliados dos outros poderes e do mercado, está se consolidando uma situação de extrema desigualdade e concentração de renda. Mas há saída: “É preciso que o País retome o impulso ao mercado interno, como ocorreu nos 12 anos dos governos anteriores ao Temer, para a economia voltar a crescer e o País voltar a se desenvolver”, aponta Leila Brito.

Diretor da Fenasps e do Sintfesp-Go/To, Mauro Mota reforça a avaliação da economista do Dieese. “Poderíamos ser autossuficientes em petróleo, mas o governo está entregando o País, enquanto o trabalhador brasileiro cada dia desce mais”. A resistência só pode se dar por meio de muita luta, ressalta Mota: “A Fenasps está convocando os trabalhadores do INSS e do Ministério da Saúde de todo o Brasil para uma paralisação de 24 horas no dia 9 de agosto. Nossa luta é por recomposição salarial e contra o desmonte do Estado”. Essa paralisação de um dia reforçará a mobilização que as centrais sindicais, federações, confederações e sindicatos de todo o Brasil estão chamando para o 10 de agosto, que vem sendo chamado de Dia do Basta. “Basta de destruição do serviço público, de corrupção desse governo golpista”, destaca Mauro Mota, que alerta: “se a gente não lutar vão nos retirar mais direitos ainda. Já não existe ministério da Previdência e pode ser que daqui um tempo não exista mais o INSS, que o governo terceirize e privatize tudo”, finaliza o diretor do Sintfesp.

Eziraldo Vieira, do Sintect avalia que está havendo uma inversão de valores. “Ao invés de o governo federal investir na sociedade, asfixiam a sociedade, como ocorre com a Emenda Constitucional 95”, que congela investimentos por 20 anos. Para ele, o que está em curso é uma forte retomada do projeto neoliberal, “que atende a classe econômica rica e influente, ao custo do sacrifício do trabalhador”. Ele informa que os trabalhadores dos correios também poderão paralisar suas atividades a partir do dia 7 de agosto, já com uma greve por tempo indeterminado. A categoria, em ‘estado de greve’, terá uma assembleia geral na semana que vem para deliberar sobre o assunto. “O governo colocou sobre os ombros dos trabalhadores dos Correios uma participação de 40% no plano de saúde. E quanto ao reajuste salarial, está oferecendo apenas 1,58%, que corresponde a 60% da inflação do período”.

Acesse o link e assista a íntegra da entrevista ao programa Antena Ligada, da Rádio do Trabalhador: https://bit.ly/2mvjVII

Assessoria de Comunicação
Cláudio Marques – MTE 1534


20/07/2018

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