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Fim do atendimento presencial e tentativa do governo Temer de desarticulação do Serviço Social do INSS são destaque na Rádio do Trabalhador

Grete Nair Tirloni e Valdirene Luz foram as entrevistadas indicadas pelo Sintfesp para entrevista nesta quarta-feira, ao programa Antena Ligada da Rádio do Trabalhador.

 

A Rádio do Trabalhador teve como destaques em sua edição desta quarta-feira, 30 de maio, assuntos de amplo interesse da população brasileira.  Entre eles, a política deliberada do governo Temer de desmonte do Serviço Social do INSS. Segundo as assistentes sociais do órgão Valdirene Luz e Grete Nair Tirloni, a estratégia passa por desarticular os serviços de modo que a população, ao ser mal atendida, compre a ideia de que privatizar a Previdência Social é o melhor.

Durante a entrevista, as duas denunciaram a ingerência política que tem ocorrido na indicação de pessoas para cargos no INSS cujo último interesse é melhorar o atendimento à população. Denunciaram também as constantes mudanças para pior: “Cada dia que se chega para trabalhar tem uma mudança. São decretos e portarias, a mais recente a que muda o fluxo de atendimento. Serviços que antes eram atendidos espontaneamente agora terão que ser agendados. Querem evitar as filas físicas, mas na real as filas e a demora no atendimento tende a piorar”, destacou Grete Nair Tirloni, que é Assistente Social do da Agência da Previdência Social Goiânia Oeste; Membro da Comissão Nacional de Assistentes Sociais da Fenasps e militante de base do Sintfesp.

A também assistente social do INSS, Valdirene Luz, ressaltou que parte da estratégia do governo Temer passa por reduzir cada vez mais o número de servidores concursados, prejudicando ainda mais o atendimento ao segurado e ao trabalhador de modo geral. “Até o ano que vem 30% dos atuais servidores vão se aposentar. Enquanto isso o INSS contrata estagiários que exatamente por estarem em processo de aprendizado não tem ainda preparo técnico nem competência para assumir determinadas responsabilidades que, por lei, são do servidor que estudou anos e anos para isso”. Segundo ela, o governo sucateira e piora o atendimento para depois justificar a necessidade de privatizar.

Grete Nair alertou a todos sobre a necessidade de resistência e luta para manter estruturado o Serviço Social do INSS. “É o assistente social que orienta o trabalhador, segurado ou não, sobre seus direitos. Não podemos permitir que o governo esvazie essa nossa função”, conclamou.
“Nós enquanto classe trabalhadora temos que lutar para ampliar o acesso da população aos seus direitos. Todo trabalhador tem o direito de ser atendido quando busca a Previdência Social”, enfatizou Valdirene Luz.

Ao final da entrevista as ativas militantes denunciaram a truculência da direção central do INSS, que usou de força durante ato pacífico e ordeiro de assistentes sociais que ocuparam o órgão em Brasília na última segunda-feira, 28 de maio. “Mandaram seguranças baterem nos servidores. Bateram em servidores dentro da nossa casa”, concluiu Grete Nair. O ato foi uma ação definida no 2º Encontro Nacional em Defesa da Previdência Social e do Serviço Social no INSS, ocorrido de 26 a 28 de maio na Capital Federal, por iniciativa da Fenasps e do CFESS.

Assista a íntegra da entrevista. Basta acessar este link: https://goo.gl/P1ja76

 


30/05/2018

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