Este não tem sido um ano fácil para o Brasil, nos contextos político, econômico e social. O pacote Dez Medidas Anticorrupção (PL 4850/16), de iniciativa popular e proposto pelo Ministério Público Federal, tem feito os deputados agirem ardilosamente para tentarem incluir a anistia à prática do crime de caixa 2, beneficiando os investigados na Lava Jato.
Os procuradores acreditam que as empreiteiras fizeram doações irregulares para as legendas como contrapartida por contratos. É inclusive nesta modalidade de crime que a Lava Jato está focada.
Atualmente o Caixa 2, quando um político ou partido recebe doação para a campanha e não declara à Justiça Federal, não é crime, as penalidades são para outros tipos de crime como lavagem de dinheiro.
No texto original, relatado pelo Deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), não existe menção sobre o que acontece com quem tiver adotado essa prática em eleições passadas, mas inescrupulosamente a Câmara dos Deputados, presidida por Rodrigo Maia, está agindo para incluir emenda que deixa imune quem praticou caixa 2 antes da nova Lei entrar em vigor, livrando muitos políticos de terem que enfrentar a Justiça para ser julgado pelos atos. É como se estivesse perdoando os políticos que praticaram esses atos ilícitos.
As empresas que financiam políticos o fazem como investimento, seja com informações privilegiadas, no favorecimento de contratos com o Estado, entre outros. É assim que o mandado deixa de ser em defesa do povo para ser do empresariado. Com isso, só quem sai perdendo é o povo. Isso é um absurdo e não pode ser aceito.
O SINTFESP-GO/TO repudia qualquer ato que tenha o intuito de prejudicar a sociedade e dar uma carta em branco aos corruptos. Quem errou, precisa ser julgado e, se declarado culpado, pagar pelos erros.
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