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Centenário de Dom Tomás Balduino é celebrado com exposição fotográfica

Além das fotografias, a mostra “Semeador da Esperança” contará com objetos de uso litúrgico e pessoal, manuscritos e peças indígenas.Inauguração é dia 14, 19h, no IHGG.

 

Semeador de Esperança. Este é o nome da exposição fotográfica idealizada pela fotógrafa Antonieta de Sant’Ana, familiares do homenageado e o Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG) para celebrar o centenário de Dom Tomás Balduino, que faria 100 anos no dia 31 de dezembro de 2022. A inauguração será no dia 14 de dezembro, às 19 horas, no IHGG - Instituto Histórico e Geográfico de Goiás -- à Rua 82, 455 – Setor Sul – Goiânia/GO.

O objetivo da exposição é divulgar a atuação corajosa de Dom Tomás Balduino “em defesa dos Direitos Humanos, da Cultura e da Educação e a proteção aos mais fragilizados deste país”, destaca Sant’Ana. Os organizadores consideram que a personalidade e os feitos de Dom Tomás, em 92 anos de vida, precisam ser conhecidos e reverenciados por todos aqueles e aquelas que se interessam pela nossa história e que caminham por este mundo com preocupações dentro de uma perspectiva humanitária. “É necessária a incorporação da personalidade de Dom Tomás na Memória Coletiva nacional e internacional”, ressaltam.

A exposição contará com um total de 31 fotos 40x60 em preto e branco. Parte delas conta um período que antecede a chegada de Dom Tomás Balduino à Missão Dominicana, nos anos de 1950, em Conceição do Araguaia, no Estado do Pará. Nessa região, Dom Tomás assimilou as causas indígena e camponesa como a primeira fase da problemática da terra.

Serão exibidas ainda fotos do período de atividade de Dom Tomás, após ser consagrado bispo na Diocese de Goiás, em 1967, abrangendo as causas indigenista, camponesa e quilombola, alvos de grandes preocupações que ele sempre teve: a reforma agrária e a demarcação das terras indígenas.

Além das fotografias de autoria de Antonieta de Sant´Ana, a exposição contará com trabalhos de Lisbeth Oliveira, Marina Moreira e Douglas Mansur, que se juntaram a esta história fazendo memória, e dos acervos do Conselho Indigenista Missionário – CIMI, da Comissão Pastoral da Terra/CPT Nacional e do Centro Vivo da Memória Contemporânea - CVMC. Farão parte ainda da mostra objetos de uso litúrgico e pessoal, escritos de próprio punho e peças indígenas.

Para realizar a exposição a organização conta com os seguintes patrocinadores e/ou apoiadores: Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência Social de Goiás e Tocantins – Sintfesp-Go/To, Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás – Sindsaúde-GO, BaladAPP, deputada estadual Adriana Accorsi, Instituto Histórico e Geográfico de Goiás – IHGG, Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Diocese de Goiás/Arquivo Diocesano Dom Tomás Balduino, Família Balduino e Comissão Dominicana de Justiça e Paz.

Terra, causa indígena e direitos humanos

O tema central das comemorações do centenário de nascimento de Dom Tomás Balduino é “Terra, causa indígena e direitos humanos” e este ano envolve pelo menos três eventos: uma sessão solene, de iniciativa do deputado federal Vicentinho (PT-SP) foi realizada no dia 28/11, na Câmara dos Deputados; uma Celebração Eucarística, 10/12 (Dia Internacional dos Direitos Humanos, na Catedral de Sant’Ana, Cidade de Goiás; e a exposição fotográfica “Semeador de Esperança”, que será inaugurada dia 14/12, às 19h, no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás.

 

Serviço:
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA “SEMEADOR DE ESPERANÇA”

  • Inauguração:  14/12/2022
  • Horário: 19h
  • Local: Instituto Histórico e Geográfico de Goiás – IHGG - Rua 82, 455 – Setor Sul – Goiânia/GO
  • Visitação: de 15/12/22 a 15/12/2023 todos os dias úteis, das 8h às 17h

ENTRADA FRANCA!!!!!

 

Ficha técnica:
 

IDEALIZADORES:
Antonieta de Sant’Ana (fotógrafa)
Família Balduino
Instituto Histórico e Geográfico de Goiás - IHGG

PRODUÇÃO:
Centro Vivo da Memória Contemporânea

CURADORIA:
Antonieta de Sant’Ana
Lisbeth Oliveira

FOTOGRAFIAS:
Antonieta de Sant’Ana
Lisbeth Oliveira
Douglas Mansur

ORGANIZAÇÃO:
Antonieta de Sant’Ana
Izabel Cristina Alvarenga Balduino
João Carlos Alvarenga Balduino Ala
Marcellus Lima Muhlethaler

ACERVOS:
Conselho Indigenista Missionário – CIMI
Centro Vivo da Memória Contemporânea – CVMC
Comissão Pastoral da Terra – CPT Nacional

PATROCÍNIO:
João Carlos Alvarenga Balduino Ala
Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência Social de Goiás e Tocantins – Sintfesp-Go/To
Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás – Sindsaúde-GO
Adriana Accorsi – Deputada Estadual
BaladAPP

APOIO/COLABORAÇÃO:
Instituto Histórico e Geográfico de Goiás – IHGG
Conselho Indigenista Missionário – CIMI
Diocese de Goiás/Arquivo Diocesano Dom Tomás Balduino
Família Balduino
Comissão Dominicana de Justiça e Paz

ARTES E DIVULGAÇÃO:
Cláudio Marques Duarte/Ascom Sintfesp-Go/To (MTE 1534)


Comemorações do Centenário de Nascimento de Dom Tomás (dez/2022)

Tema central: Terra, Causa Indígena e Direitos Humanos

10/12/2022
CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
Data: 10/12/2022
Horário: 9 horas (manhã)
Local: Catedral de Sant’Ana – Cidade de Goiás
Participação de familiares e de representações indígenas
Contato: (62) 982891637

14/12/2022
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA “SEMEADOR DE ESPERANÇA”
Inauguração:  14/12/2022

Horário: 19h
Local: Instituto Histórico e Geográfico de Goiás – IHGG - Rua 82, 455 – Setor Sul – Goiânia/GO
Visitação: de 15/12/22 a 15/12/2023 todos os dias úteis, das 8h às 17h


ENTRADA FRANCA!!!

 

* No dia 28/11, por iniciativa do deputado federal Vicentinho (PT-SP), foi realizada Sessão Solene na Câmara dos Deputados em homenagem à memória de Dom Tomás. Participaram familiares, autoridades e representantes de movimentos sociais, Justiça e Paz e Direitos Humanos.

 

BIOGRAFIA DO SEMEADOR DE ESPERANÇA
 

Dom Tomás continua vivo nas lutas do povo pobre da terra de todo o mundo.

Dom Tomás Balduino nasceu em Posse, Goiás, no dia 31 de dezembro de 1922. Ele é filho de José Balduino de Sousa Décio, goiano, e de Felicidade de Sousa Ortiz, paulista. Seu nome de batismo é Paulo Balduino de Sousa Décio. Foi o último filho homem de uma família de onze filhos, três homens e oito mulheres. Ao se tornar religioso dominicano recebeu o nome de Frei Tomás, como era costume.

Em 1957, foi nomeado superior da missão dos dominicanos da Prelazia de Conceição do Araguaia, estado do Pará, onde viveu de perto a realidade indígena e sertaneja. Na época a Pastoral da Prelazia acompanhava sete grupos indígenas. Para desenvolver um trabalho mais eficaz junto aos índios, fez mestrado em Antropologia e Linguística, na UNB, que concluiu em 1965. Estudou e aprendeu a língua dos índios Xicrin, do grupo Bacajá, e Kayapó.

Em 1967, foi nomeado bispo diocesano da Cidade de Goiás. Nesse mesmo ano foi ordenado bispo e assumiu o pastoreio da Diocese, onde permaneceu durante 31 anos, até 1999 quando, ao completar 75 anos, apresentou sua renúncia e mudou-se para Goiânia. Seu ministério episcopal coincidiu, a maior parte do tempo, com a Ditadura Militar (1964-1985).

Dom Tomás foi personagem fundamental no processo de criação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em 1972, e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 1975. Nas duas instituições Dom Tomás sempre teve atuação destacada, tendo sido presidente do CIMI, de 1980 a 1984 e presidente da CPT de 1999 a 2005.

Beirando os 90 de idade, ele se comportava como um jovem cheio de energia transformadora. Fez a sua última travessia no dia 02 de maio de 2014, aos 91 anos.

Dom Tomás continua vivo nas lutas do povo pobre da terra de todo o mundo. Sua voz ecoa no grito do camponês e do indígena que exigem terra para trabalhar e a preservação de seus territórios. Seus ensinamentos continuam presentes nas Igrejas que promovem o povo oprimido. Seu coração continua a pulsar naqueles que se organizam, naquelas que lutam, nas fileiras em marcha por esse país, seguindo bandeiras de um mundo mais justo.

 

 

Sintfesp-Go/To

Assessoria de Comunicação

Cláudio Marques (MTE 1534)


07/12/2022

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