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“Greve Geral: o povo não aceita mexer em seu direito à aposentadoria”

Greve geral em Goiânia prevê ato público às 10 horas, no coreto da Praça Cívica, seguida de caminhada até a Praça do Trabalhador. No interior do estado várias cidades deverão ter atos de adesão ao movimento.

 

Setores estratégicos do mundo trabalho em Goiás vão aderir à greve geral nacional convocada por dez centrais sindicais do País para amanhã, 14 de junho. A greve é um recurso extremo dos trabalhadores e trabalhadoras diante do corte de seus direitos fundamentais. A pauta unificada das centrais é contra a reforma da previdência, os cortes na educação, o desemprego, as privatizações e o desmonte da Seguridade Social.

Durante coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira, 13 de junho, na sede da
Central Única dos Trabalhadores (CUT-GO), dirigentes das centrais informaram que no estado de Goiás vão paralisar as suas atividades quase 100% dos/as trabalhadores/as em educação da capital e grande parcela dos trabalhadores em educação do estado.

Na UFG e nos Institutos Federais (IFs) a deliberação das categorias – docentes e técnicos administrativos – é pela participação ativa na greve.

Os trabalhadores dos Correios de todo o estado, metalúrgicos de Anápolis, Aparecida de Goiânia e Catalão, e os bancários também participarão da greve, assim como os urbanitários da Saneago e da Enel (antiga Celg).

Opiniões

“O direito à greve é garantido pela nossa Constituição Federal em seu artigo nono. Portanto, a greve geral está mais do que justificada: a reforma da previdência (proposta pelo governo) não é reforma é o desmonte da seguridade social brasileira. Se aprovada, significará o fim do direito à previdência pública para beneficiar o sistema financeiro”, destacou o representante da Centra dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB e presidente do Sinpro Goiás, Railton Nascimento.

“Nossa luta é contra essa reforma da previdência, por mais recursos para a educação e pelo desenvolvimento e crescimento econômico com geração de riquezas e empregos, que é o grande problema do Brasil hoje, com mais de 30 milhões de pessoas sem nenhuma renda no país”, enfatizou o presidente da CUT Goiás, Mauro Rubem.

Segundo Mauro Rubem, o problema não está na previdência, está no desenvolvimento econômico. "Não podemos aceitar acabar com a seguridade social, que é um direito constitucional. Temos ameaça ao SUS, às estatais, à educação. O Brasil está virando um abismo. Por isso chamamos a greve em defesa de nossos direitos”.

A coletiva contou com a participação de representantes do meio rural também. “Essa reforma violenta a vida das trabalhadoras e dos trabalhadores rurais assalariados e aposentados, por isso nós dos movimentos populares e sociais do campo participamos dessa luta e apoiamos a greve geral”, ressaltou Beth Cerqueira, do MST.

Coordenador do Fórum Goiano Contra as Reformas da Previdência e Trabalhista, João Pires afirma que “setores estratégicos” vão parar amanhã, por que o povo não aceita a retirada de seus direitos. “O efeito da luta do povo nas ruas tem incomodado. A greve geral vai dar um recado forte: não aceitamos que mexam no direito da população se aposentar! Os privilégios estão nos empresários que sonegam e pagam poucos impostos, está nos bancos com taxa enorme de juros, com exploração que querem fazer com a previdência do povo”.

A greve geral em Goiânia prevê ato público às 10 horas, no coreto da Praça Cívica, seguida de caminhada até a Praça do Trabalhador. No interior do estado várias cidades deverão ter atos de adesão ao movimento.

Em Goiás estão unificadas pela greve as centrais sindicais CTB, CUT, CSP Conlutas, Força Sindical, Intersindical, CSB e UGT; as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e o Fórum Goiano Contra as Reformas da Previdência e Trabalhista. O movimento estudantil é forte aliado dos trabalhadores e participará forte do ato de amanhã.

 

Sintfesp-Go/To
Assessoria de Comunicação
Cláudio Marques – DRT 1534


13/06/2019

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